É sempre bom reforçar que a vivência do puerpério, assim como outros momentos da maternidade, é diferente para cada mulher. Algumas relatam não ter nenhum problema, outras chegam a lidar com depressão. Não existe receita de bolo que você pode seguir para ter uma vida perfeita depois que o bebê nascer, mas existem algumas ações que a mãe, o companheiro ou companheira e a rede de apoio podem praticar para tornar o puerpério mais tranquilo.

Mas, vamos do começo.

O que é o puerpério?

O Puerpério é uma etapa, que pode durar de seis meses a dois anos, no qual a mãe precisa receber mais cuidados, afinal ela acabou de ter um bebê e está passando por uma série de transformações físicas e emocionais para que o corpo volte ao seu estado pré-gestação.

Leia também:
Todas as formas de atuação de uma doula
Aleitamento materno: realidade brasileira e principais desafios
Qual é o papel do(a) companheiro(a) acompanhante durante o parto?

O papel dx companheirx  e rede de apoio no puerpério

Não há dúvida que ninguém, além da mulher, vai saber o que passar por um puerpério, nem mesmo a pessoa que vive com ela. Mas, isso não significa que devemos deixá-la enfrentar esta fase sozinha. No caso dx companheirx, algumas formas de aliviar a carga do puerpério é pela presença, pela empatia, pela compreensão e paciência, pelo compartilhamento de responsabilidades na casa e com o bebê. 

A rede de apoio também pode ajudar com ações práticas, que podem parecer simples, mas já fazem toda a diferença no dia a dia de uma mulher, como por exemplo:

– Ir ao mercado e ajudar a manter a despensa sempre abastecida;
– Fazer uma alimentação saudável para a mulher;
– Realizar as atividades de rotina da casa (lavar a louça ou fazer uma faxina, por exemplo);
– Cuidar do bebê para que a mãe possa tomar banho ou dormir um pouco;
– Ser suporte e demonstrar compreensão e empatia.

O que profissionais da área materna infantil podem fazer

O trabalho da doula não acaba depois que o bebê nasce. Se a mulher desejar manter os serviços desta profissional no puerpério (ou somente nesta fase), o papel da doula é estar disponível, seja para uma conversa ou para ajudar e para orientar familiares. Ela tem uma função importante, reforçando que a mulher não precisa dar conta de tudo sozinha, identificando e respeitando os limites da mulher e provendo uma rede de apoio. 

Já no caso da consultora em aleitamento, sua função é ajudar orientar a mulher e ajudá-la a superar qualquer desafio que surja durante a amamentação para contribuir para o sucesso nesta fase tão importante, tanto para a mãe quanto para o bebê. 

Mulher, se dê um tempo

O puerpério é um momento de reflexão da mulher sobre a própria identidade, afinal ela acabou de dar a luz a um bebê que carregou nos últimos nove meses (em geral) e agora está passando por uma transição que, além de física, é emocional e mental também. 

Então, para as mulheres que estão vivendo no puerpério, lembrem-se de não se cobrarem tanto, de que vocês são seres humanos e não precisam ser fortes o tempo todo. Que você não é uma mãe ruim se estiver com dificuldades para amamentar ou ainda não decifraram todos os segredos da maternidade. Se dê um tempo para aprender e encontrar seu ritmo. Mas, também, se permita pedir e receber ajuda. Você não precisa fazer tudo sozinha. Conte com sua rede de apoio.

Que tal se cadastrar em nossa news para receber uma dose de amor materno mensalmente?