Fonte: Rede Global de Bancos de Leite Humano – Fiocruz
Muitas mulheres com leite excedente optam por doar diretamente para outro bebê, cuja mãe apresente alguma dificuldade com o aleitamento. No entanto, essa prática, bastante disseminada pelas amas-de-leite no passado não é recomendada. Contraindicado formalmente pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação cruzada, como é conhecida a prática, traz diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças infectocontagiosas, sendo a mais grave o HIV/Aids.
Caso você conheça alguma mãe que não consiga amamentar, ajude-a a pedir orientação ao médico ou na unidade onde o bebê nasceu. Os BLHs também oferecem consultam, orientação e apoio a lactantes e podem auxiliá-las, inclusive, a retomar a amamentação, caso tenha sido interrompida.
Leia também:
Amamentar é um privilégio?
Como extrair e armazenar corretamente o leite materno
Já a mãe com leite excedente pode doá-lo ao BLH. A diferença fundamental para a amamentação cruzada é que, no banco de leite humano, o leite doado passará por um processo de seleção e classificação, sendo pasteurizado e, por fim, sofrerá um controle de qualidade microbiológico. Deste modo, garante a isenção de qualquer possibilidade de transmissão de doenças e oferece ao bebê receptor um leite de qualidade certificada e segurança alimentar e nutricional.
A mãe não deve amamentar outra criança e nem permitir que o filho seja amamentado por outra mulher. Mesmo se esta mãe for sua irmã, prima, mãe ou amiga, e estiver com os exames normais ou histórico de uma gravidez tranquila, ela pode estar em uma janela imunológica. Dessa forma, o bebê corre risco de contrair alguma doença. Além da possibilidade de acontecer o mesmo, ao revés, o bebê pode passar alguma doença para esta doadora.
Para ver mais conteúdos como este, cadastre-se na nossa news e receba atualizações mensais da Confra das Maternas.