Reflexão
Quando pensamos em uma nova gravidez após uma perda precisamos antes refletir sobre esse luto muito delicado e muito específico decorrente da perda um filho.
De forma geral esta perda, principalmente quando ainda feto ou recém-nascido, não é validada pela sociedade. É uma situação que vai contra a “ordem natural” da vida e, portanto, uma dor que a sociedade não foi treinada para viver. Dessa forma, geralmente acaba por ignorá-la em vez de dar espaço a ela.
Luto…
A inabilidade para lidar com esse luto vem disfarçada em “justificativas” que desvalidam a dor pela perda de um filho: “a criança mal tinha nascido, não há de quem sentir saudade”. E na frustração de não conseguir lidar com a dor, fica a mera necessidade de se livrar dela, apagar o incômodo. Ela se torna um sofrimento não autorizado e não reconhecido pelo outro.
Essa forma de lidar com o luto “perinatal” (período de tempo que compreende entre a 28ª semana de gestação e o 7º dia de vida do bebê após o parto) deixa totalmente desacolhidos e desamparados os pais que passam por uma situação assim.
E a sociedade…
A sociedade tende a forçar a família a ignorar o luto: desencorajam a realização de um velório e até mesmo do contato da mãe com o bebê por acharem que é melhor não entrar em contato com a dor. Porém, é importante, para a compreensão emocional da perda que os pais possam segurar seus filhos, caso desejem, e que se despeçam deles de todas as formas que acharem necessárias.
Os rituais de despedida como o velório e o enterro são de grande ajuda na compreensão emocional da perda, e a importância de vivenciar esse processo independe da idade do filho perdido.
É importante esse processo
A elaboração do luto envolve um período de dedicação exclusiva a ele e isso é normal e esperado. É natural que os pais passem algum tempo ainda pensando no filho, chorando, lembrando, falando sobre ele, revendo fotos e roupinhas, revisitando o quartinho… Além disso os pais tendem a perder o interesse pelo mundo externo, passar por um período de isolamento social irrestrito e de duração indeterminada, sentir muita culpa, tristeza, raiva, hostilidade, bem como a incapacidade de “substituir” esse objeto de amor (normalmente não há vontade de engravidar tão cedo), e também tendem a se afastar de toda atividade que não seja relacionada ao filho.
É normal que esse período de luto aconteça e necessário que a família tenha espaço e acolhimento para vivenciar cada etapa de sua dor, pois é devagar que os pais processam e se adaptam a esse fato e é natural que assim o seja.
A sociedade tende também a pressionar os pais em processo de luto a engravidarem novamente como um meio de solução para o sofrimento da perda. Inclusive essa pressão vem já nas “frases de consolo”: “Não se preocupe, já já você engravida de novo” “Vocês são novos, vão ter muitos filhos”.
Não digam…
Se eu pudesse dar um conselho às pessoas próximas a quem perdeu um bebê, seria: não digam coisas desse tipo. Digam apenas, se puderem e se lhes for sincero, que você está disposto a acolher sua dor, ouvir seu choro e sua raiva. Um filho não substitui o outro e isso não depende da idade que o filho alcançou. Cada gestação e cada filho são únicos, e cada vínculo desenvolvido com eles também. São relações que exigem respeito e reconhecimento.
Outra consideração que não podemos deixar passar é que o luto perinatal afeta profundamente a percepção subjetiva da mãe acerca de seu papel feminino. Não raro a autoestima dessa mulher fica gravemente abalada, fazendo com que ela se sinta fracassada em ser mulher, e sinta que sofreu um golpe contra sua capacidade maternal, afinal a morte do filho é também a morte da própria figura materna.
Se eu pudesse dar um conselho a quem teve uma perda assim, eu diria: tenha paciência. Vivencie a sua dor. Apenas você sabe o que está sentindo nesse momento. Chore, porque não é fácil. Guarde memórias, fale sobre isso. Esteja entre pessoas que lhe dão apoio. Busque ajuda, busque atenção para a sua dor. Busque grupos de escuta, busque ser ouvida por quem realmente vai lhe ouvir. Procure a ajuda de um psicólogo. Isso é precioso! É normal que você precise voltar várias e várias vezes a este assunto. A elaboração das emoções é feita por meio da comunicação e é esperado e desejado, em nome de uma “cura”, que o assunto seja revisitado várias vezes.
Até a pessoa sair do período de luto ela fica fragilizada, perde energia de vida, é difícil viver o cotidiano, muitas vezes a pessoa tem muito sono, episódios de choro, dificuldade na convivência social. É um estado de humor associado à depressão, mas que não é considerado patológico porque é normal da vivência do luto que a pessoa se sinta assim.
Aos poucos a solicitação da realidade vai aumentando e a pessoa vai devagar se desligando da vivência exclusiva do luto e da revisitação de lembranças, mas é imprescindível e saudável que isso ocorra em seu tempo. A cada dia que passa a pessoa se sente mais disposta a voltar às exigências do cotidiano (cuidar dos outros filhos, se dedicar ao trabalho, etc).
Tenho uma grande amiga, e também psicóloga e doula, que diz que o luto é como um bolso cheio de pedras, dificultando a caminhada. Com o tempo e com a elaboração do luto, vamos tirando de pouco em pouco as pedras e a caminhada vai ficando mais leve. Tem uma pedra que sempre vai ficar por ali, e sempre que a mão passar pelo bolso vamos reviver lembranças, amor e saudade. Mas agora já conseguindo caminhar…
Quando está completa a elaboração do luto, há menos fragilidade emocional para engravidar novamente. Uma gestação por si só, é um momento de muita sensibilidade, e é inevitável que uma nova vivência de gravidez traga à tona muitos sentimentos relativos à perda. A família vai reviver as emoções da gestação anterior, mas agora por uma nova perspectiva. Por isso para a construção de uma nova experiência de gestação, maternidade e vínculo com um novo bebê é importante que o luto do filho anterior tenha sido vivido em seu devido tempo e plenitude.
Nunca negue essa dor…
Para finalizar, gostaria de lembrar que a “a psicologia entende que para dissipar a dor psíquica de uma perda é necessário que ela seja dita, vivida, sentida e elaborada, mas nunca negada.” (GESTEIRA ET AL., (2006) apud MUZA, 2013). É extremamente importante que não só durante o luto, mas também durante a nova gestação, essas famílias disponham de uma rede de apoio e de escuta que autorize e acolha a expressão de seus sentimentos.
Nós precisamos falar sobre o luto perinatal para que a sociedade passe a validar, respeitar e cuidar dessas famílias. A partir do momento em que o filho perdido é reconhecido como membro da família, quando a dor de sua perda é vivida e a família tem espaço e acolhimento para viver seu luto, uma nova gestação só tende a somar uma nova experiência familiar de forma mais natural e tranquila possível. Sejamos as pessoas que compreendem esse processo, e que possamos cada vez mais compor uma sociedade mais acolhedora e sensível.
Lua Lobo, docente em psicologia na UniMaterna. É doula na Ártemis (equipe de atendimento à mulher) e bacharel em psicologia, com pós-graduação em clínica psicanalítica com ênfase no estudo do vínculo mãe-bebê.
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Obrigada 🙂
Exelente matéria
Essa matéria trás informações muito importante, para quem está passando à fase da perca de uma criança.
Minha esposa perdeu nossa filha com 7 meses por causa da pressão isso nos abalou muito e agora fica o medo o q fazer para engravidar com segurança sem correr o risco de acontecer a mesma coisa
Perdi minha filhinha com dois meses de vida,sinto muita saudade e uma dor irreparável,e sinto muita vontade de engravidar novamente,e penso comigo mesma se esse desejo é normal?
Lendo essa matéria entendi que preciso esperar e continuar elaborando meu luto até entender que ela se foi,as vezes penso até que esse desejo pode ser por sentir tanta falta dela o meu pensamento pode estar me sabotando achando que uma nova gestação trará ela de volta😔
Que bom que você chegou à esta conclusão, se julgar necessário procure ajuda especializada.
Um abraço!
Olá,queria estar ouvindo essas palavras das pessoas ao invés de “vocês são jovens terão muitos filhos” ou ontem que uma mulher da igreja me viu e falou “a barriguinha já esta voltando ao normal né”,desnecessário.
Faz 15 dias em que meu garotinho se foi,estava com 7 meses,indo para o 8° mês,entrei em trabalho de parto,foi normal,mas por conta das condições em que ele estava ele não conseguiu sobreviver. Meu obstetra antes já havia meio que me abandonado,percebi isso quando ele me encaminhou para o Hospital Escola de Taubaté para diagnosticar a procedência da má formação do meu filho,com a nova obstetra de la eu vi que ele havia me abandonado por conta de não ter pedido exames que eram importantes mesmo na situação em que o bebe se encontrava. Fui para Taubaté para ter uma consulta com a nova obstetra numa terça-feira e eu já estava com 1 dedo de dilatação,ela receitou um remédio para que o neném não nascesse antes da hora,quarta-feira coloquei o remédio e na quinta-feira voltei novamente para taubaté la com 7 dedos de dilatação. Apesar da dor que ainda sinto,eu vejo que foi incrível por ter tido essa momento,por ter dito o meu filho,por saber que meu garotinho foi forte até o final mesmo quando o medico disse que não passaria de 15 semanas de gestação,e por saber que ao nascer ele lutou para viver,pude pegar ele nos braços,ver o o seu rostinho e sentir o o seu calor,foi difícil de acreditar que sairia dali sem ele,mais difícil ainda foi ouvir o chorinho de outros bebes e ver que o meu não estava ali,sentir a dor dos pontos e lembrar toda hora de tudo o que havia acontecido.
Tive meu filho na quinta,e na sexta foi o enterro dele,sai do hospital por conta própria pois era a ultima vez que veria aquele rostinho,meu esposo levou o caixão,e nos mesmo enterramos ele,foi o momento mais difícil de nossas vidas,mas acho que foi muito importante,pois era o nosso momento. já sabíamos que ele poderia não sobreviver,mas oramos tanto,pedimos tanto por um milagre,e ver que isso não tinha acontecido,foi de quebrar meu coração. Apesar de pouco tempo,meu esposo quer tentar outra vez ano que vem mais para o final do ano,e eu quero também e muito,mais estou com medo de sofrer outra perda,nesse momento estou perdida.
E esse texto talvez era o que eu precisava ouvir,de que não precisamos tentar ser fortes,e sentir nossa dor,obrigada pelo texto,é importante sabermos.
Olá! Sentimos muito pela sua perda!
Conte com a gente!
Um abraço bem apertado!
Meus sentimentos,também passai por tudo isso É uma dor que nem eu imaginaria sentir mais eu acredito que deus escolhe os seus anjos nosso anjinhos 😇🙏🙏
😇🙏🙏
Texto importante! As pessoas defendem a vida, contra o aborto e tals, mas quando uma mãe sofre um aborto ou a perde de seu filho, essas pessoas são as primeiras a dizer: “Não é nada, vai passar, logo engravida de novo”. Como se perder o bebê não fosse nada, um objeto descartável e como se a mãe não tivesse o direito de se enlutar. “Levante a cabeça, você precisa se recuperar”, com menos de uma semana da perda do bebê, “Você nem o viu, não viveu com ele” dizem. Só quem sabe a dor, sabe que ele existiu e não, não era apenas um objeto. É o meu bebê, que não está aqui comigo, mais ainda era meu. Meus sentimentos a todas as mães que passam por esta dor e se sentem invalidadas assim como eu.
sempre busco textos que ajudem a trabalhar o meu luto, não tive muito sucesso com a ajuda de profissionais da área de psicologia, pois ñ deram muita atenção para meu caso, foi difícil para mim passar por esse processo mas estou me fortalecendo, senti todos os sentimentos sugeridos neste texto, e por um tempo parecia que eu ñ era eu, chorava muito muito mesmo, minha pequena filha partiu tão cedo que não parecia certo essa realidade, nasceu de 7 meses e no segundo dia de vida pegou infecção hospitalar, faleceu no terceiro dia, ali minha vida parou… Seguir enfrente é difícil, as pessoas realmente ñ entendem esse luto, não sabem lidar conosco, é difícil para elas tb, mas é um processo a “cura” e um dia após o outro, ainda sinto muita falta de tudo que eu não vivi com minha filha, dar de mamar, trocar fraudas, ver ela dar seu primeiro passo, pois agora ela teria 1 ano e 2 meses!!!
Olá!
Um dia após o outro, sem nunca esquecer do quanto a vida do seu bebê, por mais breve que tenha sido, é especial!!!
Um abraço bem apertado!!!
Meu bebê tava com 7 dias quando partiu ver o sofrimento dele mesmo sedado era horrível só podia entrar eu no uti neonatal na sexta a tarde eu sentia uma dor imensa e eu pedia a Deus para cura-lo até que eu disse a Deus faça a tua vontade Senhor não a minha antes da meia noite do mesmo dia Deus recolheu ele mesmo tendo 4 filhos mais velhos foi uma grande perda a espcativa era grande tanto dos meus outros filhos como do meu esposo eu sempre lembro de tudo até do enterro as vezes é difícil lembro de cada detalhe é como tá perto de completar um ano de falecimento as lembranças fica mais forte . Gostei muito de ler o artigo de vcs é difícil as vzs falar as com quem comento mais é com as minhas filhas mais velhas que já são mães e intendem o meu sofrimento e me apoia e nem consola sempre
Estamos juntas, Sandra!
Gostei muito do texto. É exatamente isso. Agora antes de pensar em um/a irmão/irmã pro meu filho, preciso saber o que aconteceu com meu bebê. Por sorte peguei uma obstetra que não me disse que isso era normal.
Obrigada por partilhar Danielli, gratidão.
Hoje faz 3 dias que perdi a minha, e ler esse texto trouxe mais conforto para o meu coração. Minha pequena nasceu com 33+2, e esteve comigo por 30 dias. Infelizmente o tempo que teve de vida ficou apenas na UTI, dentro de uma incubadora, consigo contar nos dedos as vezes que consegui pegar ela no colo. Ela nasceu com rins policísticos, não conseguia urinar direito nos primeiros dias, quando sua função renal estava estabilizando, isso perto do natal, os médicos alimentando minha esperança de ela iria para o quarto pois ela estava tendo uma evolução muito boa, logo pensei que seria meu milagre de natal, minha filha finalmente em meus braços, sentindo o meu calor, e se nutrindo do meu leite. No dia em que ela iria para a UCI, seu abdômen estava muito inchado os médicos decidiram mantê-la na UTI até descobrir o que estava causando a distensão já suspeitando de uma possível infecção começaram administrar antibióticos. Depois de uma semana descobriram a bactéria causadora e começaram a combate-la. Na sua última semana conseguiram trocar o cateter depois de várias tentativas, pois suspeitavam que a infecção viera dali, mas infelizmente já era tarde demais, pois a infecção já havia comprometido os rins que ja tinham problemas. Sua pele ficou cheia de feridas por causa do inchaço que só aumentava, mas como estava sedada não sentia dor. Mas vê-la naquela situação todos os dias, lutando para sobreviver me desmoronava. Em seu último dia fiquei com ela em meu colo o dia inteiro até seu último fôlego e batida do coração, queria tornar a sua passagem mais confortável, sentindo o meu calor, meu cheiro, meu toque, o meu som. Doeu não poder pegá-la todos os dias, sentir o seu cheiro, voltar para casa todos os dias sem ela nos meus braços, mais ainda ordenhar a cada 3 horas para não perder a produção na esperança de poder amamenta-la. Sigo na luta do recomeço, vivendo um dia de cada vez, buscando conforto em textos como esse para aprender a lidar com a dor do luto. Sou grata por ter pessoas como você que dispõe a estudar e divulgar assuntos como este, obrigada.
Um abraço apertado <3
Perdi minha filha, para o melanoma ela só tinha um aninho e 4 meses . Vi ela morrer.e sinto que preciso ter outro filho. Preciso de uma razão pra viver.
Sinto muito pela sua perda, Thamires! Obrigada por compartilhar ❤
Mto obrigada por essas palavras! Perdi meu bebê faz dois dias, estava com 23 semanas de gestação. Nosso Théo estava bem, tínhamos feito um ultrassom no dia que ele faleceu. Ouvimos seu coração, vimos ele arteiro na barriga, esticando as perninhas, mexendo as mãozinhas. Estivemos no hospital durante todo o dia. Minha pressão estava alta, fui medicada, fiquei em repouso e depois fui liberada. No mesmo dia um pouco antes da meia noite acordei sentido mta dor. Voltei pro hospital e estava com 6 centímetros de dilatação. Ele nasceu pouco minutos depois. Nasceu sem vida. Eu e meu marido choramos tanto e não acreditávamos no que estava acontecendo. Mas Tivemos o privilégio de conhecer nosso bebê. Nós o abraçamos, beijamos admiramos os pequenos traços do seu rosto. Guardamos cada detalhe desse momento. Enterramos o Théo em meio a mta tristeza e apoio de familiares fomos mto acolhidos por todos. Ainda não sabemos o que pensar, as vezes nem sentir. Não sabemos como viver com essa perda. Ele foi tão esperado, e tão amado. Mas essas palavras me confortam, me fazem ter esperança no futuro e ânimo pra continuar. Ciente que não estamos felizes, mas tudo vai ficar bem. Obrigada..
Que linda sua história Ana Carolina!! Sinto muito pela sua perda 😔. Obrigada por compartilhar! ❤
Minha esposa e eu fomos surpreendidos no sétimo mês de gestação, com a noticia que nosso bebê estava com Hidropsia Fetal. Desde o dia em que descobrimos, procuramos 3 especialistas diferentes e realizamos todos os testes possíveis para descobrir a causa, sem sucesso.
Minha esposa foi afastada imediatamente do trabalho e teríamos que aguardar até a 34° semana para então providenciar uma cesárea. Com 31 semanas nosso bebê quis vir ao mundo, mas resistiu apenas 22 horas na UTI neonatal. Infelizmente, havia muito líquido em seu tórax, que impossibilitou o desenvolvimento completo do pulmão.
Não realizamos velório, apenas o enterro, com a presença de um diácono e de nossos familiares mais próximos.
Foi o momento mais difícil de nossas vidas. O quarto já estava totalmente montado e já havíamos começado a lavar as roupinhas dele.
As pessoas não estão preparadas para o luto, ainda hoje, 4 meses depois, nos questionam a respeito do bebê e quando mencionamos que ele não sobreviveu, muitos dizem que ainda poderemos ter outros. Não queremos outro, nós queríamos aquele, nenhum outro bebê irá substituir nosso primeiro filho.
Ainda estamos vivendo nosso luto. Estamos deixando que nosso bebê anjo tenha um lugar em nossas vidas. Esquece-lo não é um caminho para a solução.
Mantivemos nossa fé em Deus e acreditamos até o ultimo momento que tudo daria certo e que voltaríamos para casa com nosso bebê.
Apesar de termos perdido nosso pequeno anjo, estamos saindo desta situação melhores, como pessoa. Acreditamos que o maior sofrimento que alguém possa ter, nós já tivemos.
Estamos fazendo planos para termos nosso 2° filho em breve, cientes de que este filho não precisa carregar em suas costas, a responsabilidade de substituir o 1° filho.
É assim que seguimos.
Sinto muito pela sua perda! 😔 Obrigada por compartilhar sua história Thiago ❤
Eu perdi minha filha em abril com 38 semanas. Ela tinha síndrome de edwards. É a pior dor que os pais sentem. É mto difícil. Nada neste mundo supera a dor de perder um filho. Eu estou vivenciando meu luto. Eu grito esbravejo e peço que todos me respeitem, mas não é fácil. Faço acompanhamento com psicóloga. Minha princesa sobreviveu dois dias. Eu não quis entrar em contato, eu fui a a sociedade que não quer entrar em contato com a dor, porém Deus me colocou anjos em minha vida que me estimularam para ter contato, abraçar, tirar fotos, filmar e vivenciar tudo que precisei. Se eu não tivesse tido este contato acredito que estaria mto pior hoje. Tenho outros dois filhos. Fico pensando se quero ou não ter outro. Sinto um vazio grande em minha vida. Como este texto diz…parece que minha maternidade está falha. Sei que outro filho não superará o que vivemos com nossa princesa, mas queria uma luz depois do que passei. Queria conseguir pensar com mais leveza tudo que passei na minha gravidez e com o nascimento dela. Como se eu tivesse em uma tempestade e quisesse ver um céu limpo depois de tudo, porem sei que nada neste mundo apagará o q vivi.
Faz duas semanas que eu perdi meu bebê que nasceu de 23 semanas 625gramas,nasceu dia 19 ficou quatro dias na UTI, quando foi dia 23 as 17:25 da tarde faleceu com 3 paradas cardíacas e estava tendo convulsões,não é o meu primeiro filho mas só de eu ver aquele rostinho de anjinho tive um amor incondicional,mas as pessoas muitas das vezes não entende que é uma dor pois nenhum é igual ao outro,era o primeiro do meu esposo no segundo casamento,só sei chorar e chorar e dormir só isso que eu tenho vontade não sinto vontade de cuidar dos meus filhos, apesar de saber que eles precisam de mim
Um abraço apertado, e não hesite em procurar ajuda se julgar necessário.
Oi!! Perdi minha BB com39 semanas e 3 dias..já se passaram 5 meses, como dói. até agora não entendi ,na última consulta que fui antes de saber que ela estava morta.ouvi o coração dela,eu não estava bem mas a médica disse final de gestação era difícil mesmo. Eu estava toda inchada com muita dor de cabeça dor nas costas.mas a médica disse que era assim mesmo que com 40 semanas eu voltaria no hospital para desidir sobre o parto quando completei 39 e 3 dias estava morta..clamo a Deus que me ajude!!!
Thiago, aconteceu estomente comigo isso ano passado.
Estava aqui pesquisando sobre luto referente a recém nascidos, minha irmã sempre sonhou em ser mãe, ela tem 42 anos hj, aos 41 ela engravidou, porém o embrião não gerou, passou um ano e minha irmã engravidou de novo, dessa vez deu tudo certo, gravidez perfeita, tudo comprado, altos presentes, fraudas até quando a Laurinha ficasse grandinha, minha irmã teve uma gravidez super saudável, batimentos da Laurinha tudo ok, um sonho de 10 anos de oração se tornou realidade…quando completou 38 semanas, Laurinha já estava querendo vir ao mundo, mexendo suas perninhas na barriga da minha irmã, o parto estava marcado para dia 10/11/2019, minha irmã sentiu dores até o dia 16/11, o médico deu Votarém a minha irmã no dia 15/11 (o que segundo informações é prejudicial para o bebê) , voltou pra casa, nenhum exame de toque, nada de internar minha irmã… no outro dia as dores começaram novamente e minha irmã chegou ao hospital as 6:30 da manhã, as 20:30 fizeram um exame e tiveram que fazer um parto as pressas que durou uns 15 minutos ,arrancaram a filha da minha irmã …a Laurinha fez cocozinho ainda dentro da barriga que se encontrava sem líquido amniótico, ela aspirou meconio, foram 7 dias de sofrimento da minha irmã na UTI, e a Laurinha infelizmente para toda nossa tristeza se foi por negligência médica, por erros de pessoas que nem honram o juramento que fizeram! Nossa família está arrasada, minha irmã e o esposo só sofrem pq foi algo que não dá pra acreditar …pq?
Sinto muito Diogo por tudo isso 😪 Queremos levar o conhecimento pra todas pra que esse tipo de situação aconteça cada vez menos. Sinta nosso abraço ♥
Eu amanha faz que meu bebe nasceu e dia 12 ele faz 1 mes que faleceu mae de primeira viagem tive infecção de urina nos 3 primeiros meses tomei cefalexina e os exames fora isso tudo bem sendo que não fui atendida pela obestetra e sim o enfermeiro que disse no mes seguinte a obstetra ira de atender então foi assim ate 32 semanas um mes sim e mes não era a obstetra continua novamente com infecção de urina e fui na maternidade passavam cardiotoco e havia autecacao me dedicavam e depois os batimentos do meu bebe volta normal a obstetra da maternidade dizia que tava tudo bem e voltava pra casa mais ai no último dia 2 de Dezembro passei muita dor e fui novamente na maternidade que a obstetra que estava lá não me examinou e só disse que iria passa outro exame para saber qual infecção tratar ja que cefalexina não resolvia resumindo nem toque fez nem nada nem medicação e ai dia 6 já novamente estava eu d novo la e finalmente uma obstetra me examinou e viu que não tava bem e batimentos alterados do bebe me internou pois tava com 3 de dilatação e iria tenta segurar o bebe para não nascer prematuro porem minha infecção estava muito forte passamos a noite toda sofrendo tomando medicação mais nada resolvia vários cardio e continuava a alterado batimentos 160 e 170 mais só na troca de plantão o medico perguntou esta bem ? Eu falei não muita dor então ele disse vc ira fazer uma sezaria de emergência pois meu bebe tava em sofrimento fetal sem oxigênio ja e normal não poderia nascer pois certamente não suportaria parto normal então assim foi feito mais ai foi direto para imbubadora esta bem cansado problema respiratório mais pesava 2,840 e grande estava ja lindo demais meu bebe enfim ele ficou tomando medicação por 4 dias no 5 ele contraiu uma infecção neonatal porem achamos que tudo isso houve muita negligência De tudo fui mau atendida em tudo e demorou muito pois afinal ss tivesse me internado no dia 2 que não tava muita dor e os batimentos não tao acelerado como no postinho a medica disse wue tava normal não teria acontecido a a gravação do problema todo em fim só peço a Deus que me de força de consegui seguir mais esquece ele jamais me identifiquei muito com texto pois escutamos todo dia que logo teremos outro e dizemos que queria ele afinal esperei anos mais de 10 para conseguir foi um milagre .eu estava ja no final e acontece tudo isso estava tudo pronto já berço e tudo .
Em abril de 2018, com 39 semanas de gestação, descobri que meu Rhael havia voltado pro céu. numa consulta de rotina a enfermeira não escutou mais os batimentos cardíacos dele. Uma dor imensa, misturada com culpa, porq até então eu não sabia o motivo.No parto a obstetra relatou a dupla circular (quando o cordão umbilical enrola na criança). A dor pra mim foi devastadora, já tenho uma filha, agora com 13 anos que é o que me faz levantar. Com quase 2 anos após a perca, agora vem a ansiedade por tentar engravidar novamente, um sentimento de pressão vindo de mim. Ao mesmo tempo que quero, pra ontem, me vem o medo. Porque tive uma gestação completa sem intercorrência alguma, como acreditar que outra gravidez dará certo. Estou há 1 ano sem tomar anticoncepcional, e agora me vejo numa fase triste de fracasso e luto ao mesmo tempo. Me questionando até mesmo se devo continuar tentando.
Perde meu bebe rece nascido a 2 meses e até hj estou sofrendo de dor como se tivesse sido hontem que perdeu a vida
Sinto muito Nádia pela sua perda 😥 Se quiser falar sobre isso, estamos dispostos a conversar ❤️ Te desejo toda sorte do mundo, e que essa sua dor seja curada, o mais rápido ❤️❤️
Beijos da Tina ❤️
Também perdi minha filha em setembro ela estava com 38 dias de vida. Nasceu no dia 3 de agosto de 36 semanas e meia tudo normal linda perfeita tivemos alta do hospital e quando completou 1 mês de vida passou pela primeira consulta na pediatra esta tudo normal tinha crescido e engordado estava bem somente remédios p colicas e gases ja q estava com a barriguinha um pouco inchada.Mas 8 dia depois no exato 11 de setembro ela acordou chorando muito vomitando palida com suor fria,fui p emergência proxima de casa achando apenas que fosse um mal estar,passou pela triagem e logo foi atendida e p minha triteza e desespero minha bebe estava em estado grave estava com alguma infecção ainda não diagnosticada pelos medicos era preciso estabilizar ela p fazerem os exames. Fomos transferidas dessa emergência p o hospital la ela chegou parada e precisou ir direto p emergência novamente foi reanimada e seguia fraquinha mais ali lutando e os médicos fazendo todos os exames. Uma alegria imensa quando os médicos disseram que era p fazer a internação dela e que ela ia subir p o hospital.
Mas por volta do 12:00 a pior noticia de nossas vida ela não tinha resistido e tinha partido,minha pequena q até o dia anterior estava bem! Ali nosso mundo acabou ver minha bebê ali morta foi muito doloroso não tive forças p segura_la em meus braços fiquei ali parada olhando sem reação. Hoje me arrependo por não ter tido forças p pegar ela no colo e ter feito um ultimo carinho.
Ela foi diagnosticada com sepse de foco abdominal.
Me culpo todos os dias por não ter notado nada de errado com ela sofro muito quando lembro do último olhar dela p mim em quanto a médica a examinava. Não sei como será daki em diante estou vivendo 1 dia de cada vez ate porque tenho 1 filho de 14 anos q esta sofrendo muito com a partida dela.
Sinto muito pela sua perda, te desejo muita paz e sorte para enfrentar este momento. Abraço ❤️
A história e longa estive desde o parto ate o falecimento do meu bebe indo na UTI segurei ele infelizmente já falecido nos braços foi uma tristeza imensa uma dor insuportável minha alma gritava ali por um milagre para ele retornar mais não deu infelizmente com pontos doendo ainda sim fui ao enterro a certeza que ele teve foi que ele eu amei muito que a mãe dele esteve todo tempo do lado vendo eu tocava ele na incubadora eu chorava sentindo falta dele ele me olhava com olhinhos pequeninhos e sentia todo meu amor por ele eu orava por ele todo dia na UTI mais falei que Deus sabia o melhor pra ele .e guando ele deu um chorinho antes de desfaler eu fui no banco de leite e voltei ele tinha acordado e chorando parece que só deu tempo eu me despedir e ele de mim e um choro forte faltou a respiração a cor mudou eu gritei infermeira vira ele ele ta passando mau ele não gostava de fica de Bruno afinal ele ainda tava com respiração ruim mais a medica disse que ele ia fica sem ta no oxigênio e eu sinto que ele faleceu por asfixia não pela infecção pois ele ficava bem de barruga para cima as outras infermeira já sabia e percebeu ele fica todo largadao mais essa do dia ocorrido não sabia e não era muito amorosa eu nem ia no dia vê ele pois tava de alta em casa já mais senti a necessidade de ir ver ele algo me dizia vai lá hoje tbm e fui e tudo aconteceu eu lá .desculpa o texto imenso nem sei se vao ler porem doi demais perder o filho
Eu tambem perdi meu anjinho tive uma gravidez anembrionada depois de tantos planos de como ia ser o nome e se fosse menina iria homenagiar minha mae dando o nome da minha mae a ela se fosse menina quando no dia da ultra nao ouvir os batimentos cardiaco ai meu mundo caiu mas eu tenho fe que ele ou ela esta la no ceu e que logo logo papai do ceu ira mandar outro bb para alegrar mas a minha vida. E da minha familia o que me da forca e quando olho pro meu filho se 8 anos que deus nos abencoe sempre
Olá estou passando por essa situação muito difícil no dia 20 de setembro perdi minha pequena Rebeca com 39 semanas só soube que ela tinha morrido quando cheguei no hospital estou arrasada pois sai de casa pra ter ela e consequentemente voltei sem ela ela já tinha tudo e agora já me desfis de todas as coisinhas dela só pesso forças pra Deus pra conseguir sair desse fundo do poço
Olá, boa noite! Perdi minha pequena princesa no dia 10 de dezembro de 2020, estava grávida de 23 semanas e 4 dias, foi descoberto através de uma ultrassom morfológica que o colo do meu útero estava com abertura de 24mm restando somente 09 milímetros entrei em trabalho de parto no dia 10 e ela nasceu com 518 gramas e 30cm. Sinto como se eu tivesse morrido junto com ela.Principalmente quando cheguei em casa e minha filha de 7 anos me perguntou pela Cecília. hoje com três dias que ela se foi não tem um ânimo para nada não consigo parar de chorar me culpa o tempo todo mesmo sabendo que fiz tudo que podia ter feito por ela. E o texto me fez sentir pela primeira vez após o ocorrido, que estou amparada. Agradeço pelo texto maravilhoso
Olá! Só quero aproveitar esta oportunidade para agradecer ao grande Dr. Kadiri Okhaifuede que usou seu remédio de ervas que preparou para mim para me ajudar a engravidar após 6 anos tentando engravidar. Tomei o produto dele (cura para mioma feito com ervas e raízes) por 16 dias. Antes de saber, fiquei totalmente grávida de um menino depois de 1 mês. Desde então, prometi a ele que contaria ao mundo sobre seu ótimo trabalho. O grande médico Kadiri me pediu para beber do medicamento fitoterápico antes de conhecer meu marido, o que eu fiz e após 1 mês eu estava grávida de um menino. Obrigado pelo seu excelente trabalho médico. Ele também pode ajudá-lo se você tiver um baixo nível de esperma ou não conseguir engravidar, SOP, mioma, infertilidade. Você pode contatá-lo no WhatsApp +2347010543058
No dia 07/11 meu bebê nasceu eu estava com 39 semanas e infelizmente fui atendida por médicas que não estavam preparadas pra mimha situação, tive algumas complicações mas graças a Deus estou viva e com muito dor de ter perdido meu bebê que eu esperava com tanto amor ,ele faleu no dia 08/11 até hoje sinto muita dor no meu coração um vazio muito grande , sinto muito saudades dele e sempre quando eu vejo ou lembro algo dele as lágrimas vem ,ainda não consigo parar de chorar .
Em 2020 sofri um aborto eu sofri muito tbm pela minha perda e o meu segundo filho me deu tanta esperança e alegria era tanta felicidade que nao cabia em mim , nada me fazia ficar triste mas infelizmente as coisas não acontece como a gente prevê, sei que ele está do lado de Deus e um dia eu vou ver ele novamente!
Esse texto é lindo e fala tudo que a gente sente quando perdemos um filho muito obg 🙏🏼
Um abraço apertado, nós que agradecemos a sua partilha!
perdi meu filho com 7 meses, foi bem estranho pois estava tudo ok, e do nada eu nao sentia mais os movimentos dele se mexendo achei que fosse coisa da minha cabeça, mas não era, fui ate o hospital de madrugada pois nao aguentava mais de tanta angustia de ele nao se mexer mais, pois meu Nicolas sempre foi espoleta desde os 4 meses de gestação. Cheguei no Hospital os médicos tentaram achar os batimentos dele e nada, meu mundo foi desabando, ate o momento de confirmação da sua morte ainda tinha esperança dele estar em uma posição ruim para ouvir seus batimentos, mas nada. No seu enterro, decidi manter o caixão dele fechado, pois queria lembrar dele pelos momentos bons que vivenciei com ele, das nossas conversinhas e tudo mais, preferi assim, única pessoa que o viu foi meu pai, que me acompanhou na hora do parto. No enterro escutei muito dos meus familiares que eu e meu maridos somos jovens e logo iremos ter outros filhos, ou que era melhor assim do que nascer com algum problema, só comentários desnecessários. Bom estamos passando pelo nosso luto, pois foi meu primeiro filho, como eu mesmo dizia pra ele quando ele tava dentro de mim “voce nao foi planejado, mas vai ser muito amado” e mesmo ele nao estando aqui mais comigo, em algum lugar nesse mundo quero q sinta que eu amo ele demais!
Perdi minha doce Olivia com 23 semanas de gestação. Estava tudo bem ,ate que comecei sentir contrações e fui ao medico, e quando cheguei eu já estava com 6 dedos de dilatação, me internaram para tentar segurar , mas infelizmente no outro dia as 23;30h do dia 05 de Novembro 2020 , chegou ao mundo o ser humano que iria me transforma, e fazer com que eu senti-se o maior amor do mundo, o pior tbm .
Olivia foi uma guerreira no qual nasceu com 580 gramas e lutou lindamente para sobreviver por 5 dias.
Digo sempre que ela foi o milagre no qual eu tive o prazer de viver !
No dia antes de sua morte, pedi as enfermeiras que tirasse a vendinha dos olhos dela na incubadora, e na mesma hora ela virou a cabecinha ,olhando dentro dos meus olhos , ah…… se eu pudesse para aquela cena e continua te admirando minha pequena e amada Olivia.
Hoje vivo meus dias ….pela misericórdia do Senhor no qual Ele me da forças para aguentar tamanho dor, dor da saudades, dor em ver a irma da Olivia chorar por ela , dor pelos olhos triste do pai da Olivia , dor por não saber viver sem ela.
Que Deus conforte o coração de cada mãe que perde seu filho!
Tive meu filho dia 04 de novembro de 2020. Ele nasceu bem com nota de apigar 9/9. Todo perfeito, tão lindo… Mal sabia o que nos esperava. Ainda no hospital, demoramos a ter alta pq fez um exame para constatar se estava com icterícia. Quando foi dado o primeiro banho nele, uma enfermeira disse que a pintinha dele era diferente. A outra que estava com ela disse que era normal, mas pediu para meu esposo perguntar ao médico. Eu mesma perguntei e ele disse que a saída do xixi era um pouco mais elevada mas nada demais, pediu apenas para observar. Ele já havia feito xixi, côcô… Tivemos alta dia 06 e finalmente fomos para casa. Em casa ele chorava muito e minha mãe comentava que o choro dele era estranho… Que nunca havia visto um bebê chorar como ele. No domingo dia 08, com apenas 4 dias de nascido, ele apresentou uma febre de 39 graus. Levamos ao hospital e lá conseguiram internação para a maternidade em que nasceu. Foi encaminhado para UTI Neonatal e lá comentei com o médico, que tínhamos percebido que ele não estava urinando bem. Minha mãe olhou todas as fraldas sujas por ele e nada. No hospital anterior fizeram exame de sangue que não acusou infecção e iam colher urina e fazer o raio X. Ele foi comigo até a maternidade na ambulância e sempre mamando muito e não fez xixi no coletor. Pensando eu que iam fazer os referidos exames na maternidade, não fizeram. Colocaram ele na fototerapia por um dia e viram que sua glicemia estava alterada. Me mandaram para o canguru com ele para eu dar de mamar a ele e aí fui na terça a noite. Segunda pela manhã ele apresentou um sangramento na urina e estava com uma assadura gigante! Ele estava chorando fraco. O médico que falou umas baboseiras sobre cristais que saem dos rins dos RN… E eu fragilizada acreditando em tudo… Ele apresentou sangramento na urina novamente e aí na noite de quarta, fizeram outro exame de sangue que acusou infecção. Daí, ele voltou para UTI e só piorou até seu falecimento dia 15 de novembro de 2020 com 12 dias de nascido. Como o médico disse: “seu filho tem um aspecto saudável. Mas devido o sangramento, vamos fazer o exame”. Ele realmente não parecia estar doente, tão espertinho… Mas, eu já havia avisado sobre o problema na urina e foi isso que o levou, junto com uma infecção hospitalar que o levou ao choque séptico. Tudo aconteceu por uma negligência no rastreamento do problema a partir da febre. Fizemos o enterro no mesmo dia por volta das 15:30h. Fizemos um mini velório de meia hora com os nossos familiares mais próximos até mesmo por essa questão da pandemia. Tudo foi bem doloroso para nós e desde então tenho tido acompanhamento com a psicóloga que vem me ajudando bastante. Vemos que é difícil para as pessoas nos acolher pois é um momento difícil para nós e para elas que não sabem o que dizer em um momento como esse. Mas sei que não é por mal que as pessoas comentam tal coisa, elas erram buscando acertar. Posso dizer, que nada do que ouvi me fez me sentir pior. Afinal, ninguém nos destratou e sim acolheram como conseguiam. Acho que a visão do especialista em luto é mais fácil em saber o que dizer, mas para alguém comum é algo muito difícil. Deus e Nossa Senhora tem nos sustentado até aqui e somos pessoas melhores hoje depois da vinda do nosso Samuel. Agradeço a Deus por ter vivido momentos lindos com ele como ter tido um parto normal maravilhoso e tê-lo logo em meus braços, ter dado seu banho, ter dado de mamar, guardar seu umbigo que caiu antes de voltar ao hospital, tirar muitas fotos, trocar suas fraldinhas e afagá-lo em trocas de muito amor e cuidado. Não pude evitar o que houve. O que eu podia fazer eu fiz, se confiei nos médicos o erro não foi meu e sim deles em não honrar seu juramento e lutar pela vida de quem não forças para lutar só. Mas São Miguel arcanjo estava em sua última batalha e guardou nosso filho para que chegasse santo e anjo nos braços de Jesus. Hoje, me vejo mais aberta a receber novos presentes do Senhor. Samuel jamais será esquecido, pois uma mãe nunca esquece seu filho, ainda mais porque ele vive sim! Ele vive no céu e em nossos corações. Abraço a todas. Somos mães, somos mães de anjos.
Essa e a segunda vez em 8 anos, que entro em um hospital em trabalho de parto e saio de lá sem o meu bebê. A primeira perda gestacional aconteceu com 6 semanas de gestação e foi muito difícil superar mas consegui, três anos após a perda do meu primeiro bebê consegui engravidar novamente, passamos o primeiro susto, mas ela estava la firme e forte. Eu estava apaixonada, não via a hora dela nascer, mas infelizmente com 22 semanas entrei em trabalho de parto, não havía nada a ser feito. Eu nesse momento estou dilacerada, uma parte de mim foi arrancada, ver a minha nascer e não poder trazer ela para casa esta doendo bastante dentro de mim. O pior são os comentários, logo você engravida de novo, faz um tratamento, ah mas você nem conhecia. Não digam isso para uma mãe, o amor pelo filho surge assim que vemos aqueles dois risquinhos do teste, o amor aumenta na primeira ultra, aumenta mais ainda quando escutamos o coração. O coração transborda de amor quando sentimos a criança mecher, então nunca diminua a dor de uma mulher que acabou de perder um filho ainda em seu ventre só porque ela não o conheceu, poís essa mulher não só conheceu como sentiu e deu todo o seu amor para essa criança. Nesse momento que estou escrevendo isso meu seio esta vaazando e eu não consigo parar de chorar. Mas sei que com o tempo a dor vai diminuir mas nunca vai passar poís eu amava aquela criança linda que nasceu, minha filinha linda.
Meus sentimentos, Thay!
Jenifer minha história é parecida com a sua, perdi meu Gabriel no último dia 20/03.
Minha gravidez estava saudável, todos os exames com excelentes resultados, ia completar 29 semanas, mas de repente ele parou de mexer, não senti nenhuma sintoma físico. Ele era muito ativo, respondia sempre que estimulado e simplesmente parou de mexer, fomos ao médico e depois de um ultrassom constatou que seu coração havia parado. Depois de 5 dias induzido o parto consegui ter ele. É uma dor sem tamanho, não existe coisa pior que não ouvir o choro do seu filho, a dor do parto se vai com a alegria do choro, mas para nós que perdemos fica a dor do silêncio e O colo vazio, dos planos não realizados, ainda estou contando as semanas pra um parto que não irá acontecer, durmo com esperança de tudo ser um pesadelo, mas acordo no vazio de não te-lo mas em meu ventre.
Os médicos não conseguiram explicar porque o coração dele parou, indicaram a investigação de trombofilia, você teve algum diagnóstico para sua perda?
Sinto a dor de cada mãe e pai que perdeu seus filhos. peço a Deus que nos dê discernimento para viver essa dor .
no dia 4 de fevereiro perdi meu unico e primeiro filho para cardiopatia congenita ,infelismente viveu apenas 14 horas esta sendo mto dificil mas tambem n gostaria de ver ele sofre pelas cirugias q ia ter q fazer no coracao. Hoje ja sao quase 3 meses sem ele sinto muita sdds mas entendo q eu nao poderia ser egoista de querer ele aqui sofrendo meu anjo minha luz meu eterno Luiz Miguel mamae vai te amar por toda vida te amo
Eu sinto muito!!! <3
Faz 5 meses que meu filho faleceu com 20 dias de vida, tive problemas desde as 12 semanas de gestação, nasceu a termo realizou os procedimentos paliativos no coração, mas mesmo assim não foi o suficiente, ver ele lutar tanto para viver me fez ver a vida com outro olhar, aprendi e estou aprendendo muita coisa com a curta passagem dele aqui. Agora consigo agradecer por Deus ter me permitido ficar com ele nesses 20 dias, relutei muito em pedir a Deus que seja feita sua vontade, para mim foi extremamente difícil mas quando vemos o sofrimento de nosso pequenos não há dor maior no mundo, pois não se trata de nossa perda mas sim da vida deles, nãos se trata de nos ”pouparmos” de sofrer, mas sim deles não sofrerem deles viverem bem… nunca e sobre a gente mas sim sobre nossos filhos.
Que bonita a forma como você lidou com a perda, ressignificar não é fácil, mas traz lições importantes.
Um abraço apertado!
Há menos de um ano perdemos nosso filho caçula para a leucemia, ele tinha 4 anos. Temos outra filha uma menina de 14 anos. Resolvemos tentar uma nova gravidez, uma nova vida, um novo resignificado. Minha filha e eu fizemos terapia para ajudar a lidar com o luto, mas meu marido não quis fazer. Engravidei e estou esperando uma menina, fiquei muito feliz com essa nova vida que está crescendo através de mim e com essa oportunidade de ver um bebê crescendo e se desenvolvendo sob meua cuidados e de minha família. Tenho total consciência que ela não vem para substituir seu irmão, nem foi esse meu objetivo ao engravidar novamente. Mas estou sentido meu marido um pouco abalado após a revelação de que seria uma menina. Ele nega e diz que está muito feliz e não sei como ajudá-lo, como fazê-lo aceitar seus sentimentos e trabalhá-los para superar a perda do nosso menino.
Cada um tem uma forma para lidar com a dor, para alguns a negação ajuda a não entrar em contato imediato com algo que faz sofrer tanto! Se julgarem necessário, procurem ajuda expecializada.
Um abraço.
Hoje está com 2 meses e 8 dias que meu bebê se foi. Estava com 29semanas, tudo ok na última ultrassom, e de um dia pro outro não senti mais ele mexer. Fui bater a Us e já estava sem vida. Tem dias que eu acordo e penso que estou em um pesadelo, tudo arrumado, só pra receber meu filho e tive que enterrar. Uma dor que só quem é mãe vai entender. Quero engravidar de novo, mas com muito medo. Ainda tenho que ouvir as pessoas com comentários de a era só um bebê,c como dói. Que Deus possa nos dar o consolo
Um abraço em você, que o consolo possa chegar de diversas formas <3
Olá pra todos,eu perdi o meu bebê com 1 aninho e 1 mês,ele partiu com leocemia, gente é muita dor, sofrimento e saudade,eu me sinto amputada…mas estou fazendo sessões com uma psicóloga,ela está me ajudando muito e tenho a certeza que hoje ele está bem… tenho muita vontade de engravidar de novo, quero transportar todo.esse amor que tenho em mim pra outra criança… sinto que já estou pronta… Que Deus nos abençoe 🙌
Meu filho tinha 6 meses quando faleceu vítima da pneumonia e muita negligencia médica. Hoje faz 11 dias que ele voltou para Deus e é muito difícil acreditar que isso é real. Meu filho era saudável, 1 vez que ficou doente foi essa… chegou a ter 5 paradas cardíacas e e uma delas ficar 4 minutos sem batimentos. Sinto muita culpa por ele ter sofrido, gemido de dor e eu ter dado ouvido a médica que dizia que era sono e não ao meu instinto de mãe, que dizia que tinha algo além. Sinto muita culpa, muita dor, muita saudade. Dia 26 de maio meu filho estava brincando e sorrindo dia 28 as 11h40 recebi a notícia que meu filho não estava mais aqui na terra comigo. Ainda questiono a Deus porque ele não salvou meu filho, não realizou um milagre, tantas crianças com o mesmo quadro…. porque apenas meu filho faleceu naquele hospital? Eu questiono a Deus, eu nao entendo a vontade dele. Mas ainda assim eu o amo e sei que sua vontade é bia perfeita e agradável. Mas é muito difícil, muito mesmo… a saudade é imensurável. Sinto muita falta de amamentar, passar as mãos no cabelo dele, cheiro, sorriso, gritos, de dar colo.