No Brasil, para quem é gestante ou atua na área materno-infantil, é comum ouvirmos as denominações de consultor, promotor e facilitador em aleitamento materno e, muitas vezes, não temos certeza do significado e, se está sendo usado de forma adequada.

Você sabe qual a diferença entre um facilitador, promotor e consultor de aleitamento materno?


“Como eu posso me denominar?”

Vamos começar pelo facilitador em aleitamento materno. Todo profissional ou até mesmo toda pessoa que auxilia uma mãe e um bebê durante o aleitamento materno pode ser considerado um facilitador. Quer dizer que, a enfermeira do setor da maternidade, a avó, o pai, todos que se envolvem de maneira positiva e com informações de qualidade são considerados facilitadores do aleitamento materno? Sim, mas para que eles realmente facilitem o processo devem estar munidos de informação qualidade, seja através de cursos ou buscando profissionais especialistas em aleitamento. Um facilitador não irá realizar nenhum procedimento ou manejo, ele apenas irá incentivar as boas práticas da amamentação.

Já um promotor em aleitamento materno é uma pessoa que tem conhecimento sobre aleitamento. Muitas vezes são mulheres que já amamentaram e passaram por diversas dificuldades ou que fizeram um curso de promotor em aleitamento e podem realizar encontros de grupos de apoio, dar suporte para mães com dificuldades em amamentar com indicações de leitura, recomendações e ainda encaminhar para atendimento caso julgue necessário.

Um consultor em aleitamento materno faz um curso para poder trabalhar com o manejo clínico da amamentação. Em geral, são profissionais da saúde que se especializam em aleitamento. Eles oferecem consultas para preparar para a amamentação antes do nascimento do bebê e depois do parto para auxiliar nas primeiras mamadas. Realizam o manejo dos principais problemas e podem encaminhar a outros profissionais se julgarem necessário. Há ainda uma Certificação Internacional de Aleitamento Materno feita pelo IBCLE, válida para o Brasil, que não possui certificação similar, e que garante a qualidade do serviço prestado pelo consultor.

A legislação do Brasil não impede que alguém se auto-denomine consultor em aleitamento materno, mesmo tendo apenas habilidades de um facilitador, por exemplo. Mas, é bom saber que existe uma diferença entre as atuações para que as mães saibam que tipo de serviço estão recebendo ao procurar ajuda para um momento tão delicado quanto o da amamentação.